terça-feira, 18 de outubro de 2011

Clarisse sabe que a loucura está presente ♪






Por quê?
Eu não sei...
Já li em algum lugar que a loucura pode-se considerar a ausência de capacidade de se comunicar, mesmo tendo voz e um corpo, é impossível dizer o que sente e principalmente porque sente.
Ninguém pode julgar cada um sabe a dimensão do próprio sofrimento não é?
Nós sofremos, será que somos fracos? Ou há mesmo algo de errado? Precisamos de ajuda... Mas não há voz para pedir socorro, apenas para dizer “estou bem”. E nós sofremos... Por amor ou pela falta de amor, pelo que falamos e pelo que deixamos de falar, porque fez ou porque deixou de fazer, por estar longe ou por estar perto, pelo que é ,pelo que foi e pelo que gostaria de ser , por nós mesmos ou pelos outros. E vem a angustia, a anormal angustia que te consome, a garganta fecha e fica impossível falar sem que sua voz saia perceptivelmente insegura, seu corpo treme... Ou será sua alma se debatendo em seu corpo  implorando por anestésicos, para que a dor no coração passe e ele se acalme, e assim o ar possa voltar? Só existe o suor quente, a larva quente que escorre pela sua pele, escapando dos poros; milhares de vulcões em volta de seu corpo entrando em erupção deixando seus músculos duros. Precisamos de ajuda...
Estamos presos atrás de nossos olhos, esperando que as pessoas enxerguem  o invisível, e então, você está lá, em uma tristeza desesperada que ninguém seria capaz de entender , você quer quebrar tudo, gritar, xingar, mais se tornou passivo demais para fazer algo nessa altura do campeonato, então vai fazer o que sempre fez, vai se machucar.
Beber, cortar, fumar, cheirar, queimar, limpar, organizar... Somos tão criativos.
Canalizar toda sua dor emocional para algo real.
O que antes era lagrimas, agora são marcas e ações a serem escondidas. Mas nós temos argumentos: “Todos temos direito a uma válvula de escape”.
Aonde isso vai nos levar? Não somos burros, sabemos o caminho onde estamos. Como todos os viciados,  estamos a caminho de um fim um tanto triste.
“então por que não por um fim em tudo de uma vez por todas?” 
Porque ainda nos resta um pouco da maldita serotonina que nos prende no muro que separa a vida da morte. Sim, estamos presos na indecisão apenas porque no instinto humano só existe o botão “viver”.
A cura? Eu também não sei, mais sei o antídoto.
Não se trate como deposito de emoções e palavras nunca ditas, grite quando sentir vontade se zangue quando estiver zangado, chore onde e quando sentir necessidade,ria o mais alto que puder,apaixone-se por si mesmo e depois se apaixone por quem quer que seja e assuma isso, diga que odeia ou diga que ama ou até mesmo diga que está confuso, mas diga! Seja alguém para que nunca se sinta vazio. E aceite que se existe momentos ruins existem os bons também.


Jhenni

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